Latente

/
0 Comments

Vontade de eternizar cada momento com você, para depois de cem anos me lembrar com precisão dos momentos mais felizes da minha vida. Vontade de ver em seu rosto todos os sorrisos escancarados de uma vida inteira, em uma só tarde. Vontade de te amar sem limites entre o meu e o seu corpo, unidos, colados, desenvoltos. Desejados, envoltos somente por quereres sem porquês. Vontade de nunca mais sair desse mundo sem órbita, de nunca atravessar essa porta florida e sem fechadura – apenas se for para voltar. 
Vontade de não dimensionar essa atemporalidade dos relógios a nossa volta, e de ter cada novo dia como uma nova chance de te amar, sempre nova. Vontade de poder olhar para os três tempos verbais e conjugá-los sempre entre tudo o que já vivemos e o que temos ainda por viver. Vontade dos "lembras" e dos "imaginas". Das exclamações e reticências. Dos suspiros, interjeições. Dos eufemismos, declarações.
Demonstrações diretas do querer.

[ 31/10/13 - ∞ ]