Sou um passageiro,

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andando sem parar. Em busca do que não se sabe. Do que não se entende.
Talvez a procura do dia em que se tornará acessível o alcance do brilho das estrelas mais iluminadas no céu. Elas luzem mais a cada vez em que as vejo.
Se sobressaem mais e mais naquele escuro céu a cada vez em que comparo-as com o brilho de seus olhos.
Olhos.
Os meus mantem-se completamente fixos na janela deste lugar, a procura de uma saída.
Querendo algo que não se sabe. Algo que não se entende.
Olhe o passageiro. Tentando sem cansar.
Buscando o seu sorriso em outras caras. Procurando seus abraços em robôs.
Te encontrando no sonho mais distante.
Distante.
Como sinto-me agora de todo o meu próprio redor.
Entendendo algo que não se sabe. Sabendo que não se entende.
Ali está o passageiro. Viajando pelos quatro cantos do mundo, compulsivo com a mesma necessidade em mente desde que se conhecera como alguém, talvez não tão racional quanto podia aparentar.
Necessidade que torna-se utopia, indiscutivelmente, já que gira inteiramente em seu redor.
Redor.
O meu encontra-se em estado de alerta. E aonde ficam as cores? A alegria? Encontro, porém, com certa familiaridade dores monocromáticas. Portas sem maçanetas. Olhares de gelo.
Sabendo algo que não se sabe. Entendendo que não se entende.
Abri os olhos. E desejei boas vindas à vida.