As conquistas são como rosas...

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Hoje é dia 1 de janeiro de 2009. Ou se preferir, o primeiro dia do ano.
Muitos, neste exato momento, festejam com suas famílias e amigos o início desse novo ano. Foi o que fizemos eu, e meus familiares, comemorando desde ontem às 21h até há pouquíssimo tempo atrás, com uma pausa para descanso.
Na madrugada de hoje, aproximadamente às 2h a.m, quando todos já estavam dormindo, não fiz diferente e resolvi deitar em minha cama. Fechei os olhos, e de repente várias cenas muito significativas pra mim no ano de 2008 começaram à emergir-se em minha mente. Nada extraordinariamente, senti lágrimas escorrendo por meu rosto e alojando-se em meu travesseiro. Inconscientemente, pus-me a chorar. Não de saudades.
Mas por medo.
Aquela não era a primeira vez em que eu senti-me tão fraca a ponto de tentar reverter tudo o que acabara de acontecer. Aquela não era a primeira vez em que senti medo de perder tudo. Assim como também não era a primeira vez em que pensei que poderia estar arruinando a sua felicidade.
Como dizia um poema que escrevi há pouco tempo, "não só de flores se compõe a vida". Vejo as verdadeiras conquistas como rosas. Para chegar até elas, tem que se caminhar por uma longa e custosa estrada. E ainda assim, quando enfim chegar perto das supostas rosas, pode ser que você se espete com seus espinhos.
Me pergunto quando me tornarei forte o suficiente para não me ferir mais com os mesmos. Ou se algum dia
encontrarei uma rosa sem espinhos, assim como acontece quando
tento concordar com Elis Regina, quando dizia que "viver é melhor que sonhar".
Mas o que realmente me dói, é reconhecer que passei o maior tempo disso tudo esforçando-me nessa estrada e, ao chegar nas rosas, perceber que não depende só de mim para que eu não me ferisse com seus espinhos.
Minha felicidade não brota dentro de mim e (não) satisfaz somente a mim. Mas também às pessoas ao meu redor. Pessoas essas, na qual nunca permitem que eu tivesse minha própria opinião. Pessoas essas, que sempre buscam a perfeição em mim, e frustram-se ao perceber que sou assim como eles: uma errante. Pessoas essas, que se julgam perfeitos e sempre com razão, mas que nunca se satisfazem com o meu "eu". Que sem perceber, fantasiam em sua própria mente uma idéia utópica sobre o que sou, e ao darem de frente com a realidade, rejeitam-a. Sem ao menos dar uma única oportunidade de aceitar sua verdadeira personalidade.
Não há possibilidades de alguma resolução concreta e sincera.
Até quando deixarei minha felicidade sob o controle dessas pessoas?
Até quando continuarei a voltar para este lugar antes mesmo de alcançar as rosas?
Até quando arruinarei a minha vida?
Até quando vou aguentar isso?!

...

Feliz ano novo.