"Quanto aquela ser a primeira carta, era evidente que eu sabia.

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Só não enxergava que seria também a última.
Não sou capaz de compreender como minha vida transformou-se em apenas um ano. 12 meses, 52 semanas, 365 dias, 8766 horas,
525600 minutos ou 31536000 segundos.
Devo isso à você. Que fez com que essa transformação, aparentemente positiva em seu início, resultasse somente em sofrimentos futuros.
Que hoje, faz parte da minha mais dura realidade.
Exausto-me mais a cada instante em que algo me faz pensar em você, mesmo que isso cause um profundo e inabalável aperto dentro de mim.
Dizem que todo o exagero leva ao prejuízo. Isso torna-se compreensível ao encontrar-te em todas as direções situadas em minha mente.
Pergunto-me com certa frequência qual a maneira mais racional de se agir ao deparar-me inevitavelmente com obstáculos em todas as direções existentes ao meu redor.
Ultimamente tenho sentido-me exatamente como uma bússola quebrada: Tendo consciência do melhor caminho a ser seguido, e apenas abominando-o.
Optando pela estrada mais perigosa. Apontando para o local mais inapropriado possível.
Masoquismo?
Há mesmo pessoas que enxergam a situação dessa maneira. Ora, mas que falta de sentimentalismo elas têm!!
Te ter, mesmo que só em minha mais distante realidade, conforta-me. Não como o desejado, mas na dose necessária para seguir em frente.
E aqui estou eu, descumprindo a promessa de não lembrar mais de ti.
E o desejo de não amar-te mais."

27 de julho de 2009, 01h36 a.m.