Pequena-última reflexão

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Ao longo deste ano, três espelhos escorregaram e caíram de minhas mãos – mas nenhum deles sequer rachou.
Essa imagem talvez bem represente o que foi 2014.

Hoje é dia 31 de dezembro, e tudo o que sei é que não há nem ao menos resquícios de dúvidas de que 2014 impressionou, e muito, nos mais diversos temas que se fizeram presentes. Este foi um ano de grandes aprendizados, mas daqueles que ferem, cortam, machucam, atiram e cutucam fortes a ferida antes de qualquer sinal de ensinamento.
Sorriu e viveu-se muito para, repentinamente, serem escritas cartas de adeus e serem derrubadas lágrimas capazes de escorrer pelo rosto velozes e aterrizarem no peito como grandes cometas chegam ao planeta. 
Tudo isso seguido de novos sorrisos, e de sorrisos que surgiam infinitamente mais fortes do que antes, como que prontos para rasgarem as bochechas e expandirem-se dando voltas a abraçarem todo o mundo.
A noite caía e o sol nascia sem sinal de explicação.
Mas se há algo que potencialmente me afetou, me fez aprender: e foi aí que passei a olhar, de fato, de olhos não tão abertos para o meu próprio interior. O alívio crescente da aceitação e dos não tão presentes questionamentos das tantas inconstâncias da minha órbita me fez crescer. 
Nunca fui tão grata aos meus próprios erros  talvez eu já até mesmo pudesse prever o crescimento que eles mais tarde me proporcionariam pelos reflexos nos espelhos inteiros sobre o chão terem se mantido e sobrevivido sem o trauma da queda.
E que alívio isso traz...

Se eu soubesse antes o que sei agora, erraria tudo exatamente igual.